“Não oramos para liquidar problemas de forma mágica. Oração é a prática da paciência. Situações difíceis, às vezes, não se resolvem, mas quando oramos, somos transformados. Nós nos consagramos a Deus e somos santificados do modo que, em certas ocasiões, não é a circunstância que muda, mas o nosso olhar”.
Este texto foi extraído do precioso livro “Meditatio” do grande Osmar Ludovico e com certeza nesta manhã ele me serviu de resposta quando me indago sofre a resiliência de pastores da Igreja Sofredora.
Sempre me pergunto como cristãos perseguidos se mantêm tão fiéis a Deus mesmo quando sua vida está em jogo, quando suas famílias são ameaçadas ou quando a guerra e as atrocidades destroem seus sonhos. Como será a oração deles? “Senhor me livra da perseguição..” ou eles gritam, “Senhor não permita que meus filhos sejam vítimas destas bombas ou de homens cruéis….” será mesmo que esta é a oração deles?
Diante das histórias de fé que temos acompanhado nos últimos anos, chego a conclusão que eles pedem sim por livramento o que dificilmente tem acontecido e então, a única explicação lógica para que eles consigam seguir, é que quando a situação não muda, o que muda é o coração.
O amor a Deus é muito maior que o bem estar ou que expectativas pessoais; a fidelidade ao Senhor é infinitamente maior que o medo ou a dor. Que eu aprenda a fazer este tipo de oração hoje e que minha fidelidade não seja medida pelas respostas que eu obtenho e sim pelo amor e fidelidade ao Deus que ouve minha oração.
Oro para que este verso da carta de Paulo a Timóteo faça tanto sentido para mim como faz para os cristãos da Igreja Sofredora.
“Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos.” (II Tm 3:12)
Deus nos ajude a orar a oração que muda nosso coração.
Texto extraído: Mais no mundo