Algumas pessoas acumulam coisas, outras acumulam ideias, mas algumas acumulam sentimentos ruins, problemas, e regam diariamente esse desgosto, que se não encarado de frente e resolvido, pode causar o que nós conhecemos como depressão, levando também o indivíduo (em alguns casos) a querer por fim no seu problema, porém, de forma errada. Na realidade, sabemos que a pessoa que pensa em tirar sua própria vida não quer realmente morrer, ela quer simplesmente acabar com o problema que está lhe causando dor, quer que a dor acabe. E é importante ressaltar que depressão e pensamentos suicidas não são frescura ou coisa demoníaca como alguns dizem, e sim algo que precisa de atenção e de cuidado!
A vida não é fácil, isso é fato, mas as vezes alguém não consegue encarar um certo problema ou certas situações da vida como alguns dos demais, e isso não faz dela uma pessoa mais fraca ou ruim, apenas faz dela uma pessoa mais dependente de atenção e principalmente do amor de Deus, pois sabemos que Cristo veio ao mundo para morrer por nós (João 3.16) e nos livrar da condenação do pecado, que é a morte (Romanos 6.23), ou seja, Cristo já pagou o preço para termos com Ele vida eterna, Cristo morreu por você! A solução não está na morte, mas sim na vida que encontramos em Jesus Cristo (João 10.10), Ele sim, é a solução para tudo, porque ainda que andássemos pelo vale da sombra da morte, Ele estaria conosco (Salmos 23.4), Ele é nosso refúgio e Fortaleza (Salmos 46; 91.2) e “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; ” (II Coríntios 4.8,9) porque Ele sempre está conosco. (Marcos 28.20)
No campo missionário os desafios contra as potestades do mal são muitos, pessoas desorientadas e que nunca ouviram falar de Jesus ou estão perdidas sem fé, são o alvo da obra missionária. Levar as boas novas do evangelho é levar esperança a essas pessoas, é mostrar que há um Deus que tudo pode, é ensinar a verdadeira fé inabalável.
Ouvimos muitos testemunhos de pessoas que passaram por essa fase e venceram. Conversamos com uma dessas pessoas. Acompanhe:
Qual foi o ponto de ignição para você querer tirar a própria vida?
Tudo estava dando errado, nada que eu fazia saia como o planejado e de repente veio um término de relacionamento o qual foi um "gatilho" para tomar essa atitude.
O que te fez mudar de ideia?
Na verdade, eu não sei, mas na hora não tive forças para conseguir executar e desisti.
O que você pensa sobre essa atitude hoje?
Primeiro foi desesperada, eu só queria um fim para tudo aquilo, hoje eu percebo que foi um grande erro e que a vida é maior que tudo que eu já passei.
O que você falaria para alguém que está prestes a tomar a mesma atitude?
Que para tudo há uma saída, que a situação que ela se encontra tem um jeito, que o suicídio é uma maneira covarde de lidar com os problemas da vida, que Deus sempre nos mostra o melhor caminho e que tudo é plano dEle.
Jovem de 28 anos de Recife.
Perguntamos também a nossa psicóloga como ela ajudaria alguém que estivesse com pensamentos suicidas.
“Como eu ajudaria uma pessoa com pensamentos suicidas:
- É importantíssimo não julgar, principalmente se ela frequentar alguma igreja.
- Ouvir quais são os motivos que levam a pessoa a pensar em suicídio.
- Prestar atenção em comportamentos autodestrutivos como deixar de se alimentar, não querer dormir, não cuidar da higiene corporal.
- Ficar atento às falas com conteúdo de morte. Se eu morresse, tudo ficaria melhor, fulano morreu e agora não tem mais problemas, queria estar no lugar de alguém que está morrendo.
- Avisar a família caso esteja percebendo algo de diferente.
- Se for alguém da igreja, não tentar "aliviar" a situação dizendo para a pessoa que isso é demônio.
- Procurar a rede psicoassistencial da região mais próxima e explicar a situação da pessoa caso esta não queira ajuda.”
Maria Imaculada
- Serva do Senhor Jesus na Assembleia de Deus Ministério no Ipiranga da Congregação do Parque da Colina 1 - Itatiba/SP.
- Psicóloga Clínica graduada em 2008 pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas - PUC CAMPINAS
- Mediadora e Conciliadora Judicial em 2009 habilitada pelo Conselho Nacional de Justiça - (CNJ)
- Especialista em Saúde Mental pela Universidade São Francisco - USF Bragança Paulista.
Então com base em tudo isso, convidamos você a ficar mais atento em quem normalmente está perto de você, as vezes quem menos aparenta é quem mais precisa e devemos ser sensíveis a voz do Espirito Santo para podermos ajudar esta pessoa.
Observe os sinais, ajude alguém!
Reportagem/SEMADI