Em 18 de maio de 1973 na cidade de Vitória-ES, três indivíduos sequestraram Araceli, uma menina linda de oito anos de idade, eles a drogaram, violentaram sexualmente e a mataram, porém, em 1991 os mesmos foram absolvidos e segue sem nenhuma justiça até os dias de hoje. Com isso, afim de prevenir que isso acontecesse com mais crianças e que o abuso sexual fosse combatido, foi criado o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual e Comercial de Crianças e Adolescentes onde a data sugerida foi a mesma em que esta tragédia aconteceu com a menina Araceli, 18 de maio, e até hoje esse dia é lembrado, com a cor laranja e o desenho de uma flor, representando os desenhos que as crianças fazem em sua infância.
Mais do que nunca, estamos vivendo tempos difíceis, tempos em que a dor causada nas pessoas através de uma atitude tomada, já não tem mais tanto peso, tempo em que a empatia já não tem tanta relevância e isso não importa se a vítima tem 8 ou 50 anos de idade.
Esses não são os únicos momentos em que precisamos lembrar e combater o abuso e exploração sexual infantil, pois, isso devemos fazer todos os dias, afinal, a cada hora que passa, três crianças ou adolescentes são abusadas sexualmente só no Brasil. Este é o momento em que nós precisamos parar para meditar no que fizemos para combater o abuso e exploração sexual infantil nesse ano que passou e planejar o que faremos para combater este ato a partir de hoje! Faça a si mesmo essas perguntas:
O que eu fiz para combater o abuso sexual nesse ano que se passou?
O que eu estou fazendo neste momento?
O que vou fazer a partir de agora?
A responsabilidade não é só do pai e da mãe como muitos julgam ao ver uma notícia de abuso sexual infantil, a responsabilidade é de todos que em alguns casos até percebe alguma coisa, mas não fala nada porque não é problema seu, quer ouvir uma novidade? É problema seu sim! Quando você não denuncia ou pelo menos não alerta alguém do que está acontecendo, você se torna conivente e participante. Levítico 5.1 diz: “Se alguém pecar porque, tendo sido testemunha de algo que viu ou soube, não o declarou, sofrerá as consequências da sua iniquidade.” E mais, Tiago 4.17: “Pensem nisto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado.”
Pense nisso!
Alguns dos nossos estados brasileiros ainda carregam o maior índice de exploração sexual infantil e alguns dos nossos missionários tem lidado com casos como este no local em que atuam. No estado amazonense isso ocorre principalmente nas comunidades ribeirinhas e justificam ser algo cultural, é uma realidade combatida pelos nossos missionários no campo. Também no Ceará que em 2018 liderou o ranking de estado com mais pontos críticos de exploração sexual infantil em rodovias. Na Bahia, assim como em qualquer outro estado, vemos muitos casos em que as vítimas têm medo de denunciar o ato, como por exemplo uma adolescente de 16 anos que além de ter gerado uma criança do abuso, vivia como esposa de seu próprio pai que era agressivo com ela. Não se sabe o que procedeu!
Não seja mais um dos que omitem algo que tem causado tanta dor e sofrimento a crianças, adolescentes, até adultos e suas famílias, seja um porto seguro.
Se perceber algo não hesite, disque 100 e denuncie!
Reportagem/SEMADI